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Oficina no Piauí fortalece o debate sobre o Território Pesqueiro

25-06-2013
Fonte: 

Por Maria José Pacheco – Secretária executiva/CPP Nacional

Entre os dias 05 a 09 de junho, aconteceu a Oficina de Território Pesqueiro, no Sindicato de Pescadores e Pescadoras de Parnaíba, no estado do Piauí. O evento teve o objetivo de aprofundar, junto aos pescadores e pescadoras, a proposta do projeto de lei de iniciativa popular para a regularização do território das comunidades tradicionais pesqueiras e fortalecer a organização do Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) no estado do Piauí.

A oficina contou com a participação de inúmeros municípios do estado e a equipe de trabalho foi composta pelos representantes da coordenação nacional do MPP, Marizelha Lopes e Josemar Durães, e pelas integrantes do Conselho Pastoral dos pescadores (CPP), Maria José Pacheco e Ormezita Barbosa. Esse grupo juntou-se a uma comissão do Piauí que contou com a coordenação de Dona Maria Celeste.                                                                     

Os participantes visitaram algumas comunidades e regiões onde existe a implantação de usinas Eólicas, ameaça ao território pesqueiro. Além disso, puderam conhecer a realidade e práticas de Pesca dos Pescadores e Pescadoras Artesanais do delta do Parnaíba. O ponto alto do momento foi a visita à Associação de Manjubeiros e Manjubeiras de Parnaíba, que possuem uma rica e exitosa experiência do beneficiamento da manjuba e participam do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) do governo federal.

O trabalho teve encerramento com a  visita às áreas das lagoas marginais, que vivem um processo de apropriação por fazendeiros que estão cercando e impedindo o acesso dos pescadores e pescadoras até com cercas elétricas. A vivência unificou a luta pela regularização do território das comunidades tradicionais pesqueiras e reforçou que esse é um ponto urgente, pois, pescadores e pescadoras, apesar de desenvolverem trabalhos que contribuem para a sociedade, estão tendo seu direito ao território negado.

 

 

Linha de ação: