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Vídeo de autoria desconhecida aponta todas as controvérsias do empreendimento em Ponta dos Castelhanos, na Ilha de Boipeba (BA)

28-10-2019
Fonte: 

Assessoria de Comunicação do CPP

Um video de origem desconhecida tem circulado nas redes sociais, em conjunto com um texto, que aponta todas as controvérsias do empreendimento que está sendoIlha de Boipeba planejado para a Ponta dos Castelhanos, na ilha de Boipeba, famoso destino turístico que faz parte do município Cairu, no litoral baiano. A construção do condomínio fechado fará com que os pescadores e pescadoras artesanais da comunidade de Cova da Onça fiquem totalmente cercados pelo empreendimento, não tendo espaço nem mesmo para construção de novas residências para os filhos e filhas dos moradores locais.     

Para saber mais, leia:

Nota de Repúdio ao Licenciamento do Empreendimento Ponta dos Castelhanos 

Confira o vídeo e o texto que o acompanha, logo abaixo!

 

 


Vídeo:

 

Texto apócrifo:

CONHEÇA AS VERDADES SOBRE O MEGAEMPREEDIMENTO QUE PRETENDE SE INSTALAR NA COMUNIDADE DE COVA DA ONÇA!

 

- O megaempreendimento é na verdade um grande um condomínio fechado para pessoas de altíssima renda, prevendo a construção de residências e pousadas de luxo, píer e infraestrutura náutica, aeródromo e campo de golfe.

- Caso seja implantado significará a privatização e cercamento de quase 20% da ilha de boipeba, que ficará destinada ao uso exclusivo dos milionários que terão condições de se hospedar nas casas e pousadas do condomínio/resort.

- As terras onde o empreendimento pretende ser implantado são públicas da União, e fazem parte do território tradicional das comunidades da ilha. A legislação federal dá prioridade às comunidades na concessão das terras públicas (Lei Federal n° 9.636/98; Dec-Lei n° 271/1967;), por isto o Ministério Publico Federal cobrou da Superintendência de Patrimônio da União o cumprimento do direito ao território da comunidade de Cova da Onça, Monte Alegre e outras.

- Com a implantação do megaempreendimento, as comunidades da ilha, principalmente Cova da Onça, Monte Alegre, Moreré, terão seus caminhos tradicionais, áreas de lazer, fontes de abastecimento de água, áreas de pesca e áreas de extrativismo privatizadas e/ou destruídas. Até praias eles querem privatizar! O campo de mangabas pode ser transformado em um campo de golfe!

- Vai resultar no desmatamento de áreas enormes de mata atlântica, de manguezais, de restingas, além de afetar o acesso à água que já é tão deficiente na ilha. Imaginem a quantidade de água que será necessária para abastecer os hotéis e para irrigar as gramas do campo de golfe!

- A comunidade de Cova da Onça ficará totalmente cercada pelo empreendimento, não tendo espaço nem mesmo para construção de novas residências para os filhos e filhas dos moradores locais.  

- A prefeitura de Cairu e o Instituto Estadual do Meio Ambiente – INEMA estão concedendo autorizações para este empreendimento, desrespeitando as leis urbanísticas e ambientais, além do direito ao território das comunidades locais. Por isto, o Ministério Público Federal exigiu a suspensão das autorizações/licenças concedidas.

- É possível um modelo de desenvolvimento da pesca e do turismo comandado por quem vive nas comunidades. Um desenvolvimento que gere trabalho digno, que proteja o meio ambiente, que preserve e o território e o “bem viver” nas comunidades!  

 

  

Linha de ação: 

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