Há um pouco mais de um ano, agentes do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), em conjunto com pescadores e  pescadoras artesanais, estiveram em Belém do Pará, entre os dias 20 a 23 de maio de 2019, celebrando o Jubileu de 50 anos de fundação e atuação da pastoral junto às comunidades pesqueiras do Brasil. Com o tema: “Celebrar a resistência, profetizar a esperança” e com o lema “Avance para as águas mais profundas e lance as redes pra pesca”, trecho retirado do Evangelho de São Lucas, cerca de 500 pessoas comemoraram o Jubileu de 50 anos do CPP, no Congresso Nacional, e tiveram a oportunidade de entender um pouco mais da história da pastoral, além de apontar novos rumos para a sua atuação.

Passado um ano daquele evento, ainda é importante aprofundar e refletir um pouco mais sobre o papel e a importância da atuação do CPP junto às comunidades pesqueiras do Brasil ao longo desses 50 anos. Em artigo publicado no volume 58, do triênio janeiro a março de 2020, da Revista de Economia e Sociologia Rural (RESR), uma publicação da Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural, o professor e pesquisador do Departamento de Ciências Sociais da UFPE, Cristiano Ramalho, em conjunto com a pesquisadora Andreia Patrícia dos Santos, analisam o trabalho do CPP como mediador da pesca artesanal no Brasil. O texto, intitulado "Por mares revoltos: a mediação política do Conselho Pastoral dos Pescadores (1968-2018)", tem como objetivos compreender como era o cenário político da pesca antes do surgimento do CPP e analisar as estratégias e formas de atuação desenvolvidas pela pastoral como mediador político junto aos pescadores artesanais.

Para a realização do artigo, os pesquisadores realizaram entrevistas com dirigentes e ex-dirigentes do CPP, pesquisaram em documentos, fontes de jornais, além de  terem realizado observação direta. Segundo o resumo do artigo, "conclui-se que os rumos construídos pelas lutas das comunidades pesqueiras guardam, na ação de assessoria do CPP, um papel de destaque, uma influência decisiva".

Quer saber mais sobre o artigo e o CPP? Acesse o documento na íntegra, aqui!