O Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais em parceria com o Conselho Pastoral dos Pescadores - Regional Ceará, realizaram na tarde do dia 28 de outubro, no Centro de Pastoral Maria Mãe da Igreja, uma reunião ampliada sobre os impactos do óleo  nas praias do Ceará.

A reunião contou com a participação de comunidades atingidas, movimentos populares, pastorais sociais, movimentos ambientalistas e  pesquisadores e teve como objetivo central a construção de uma agenda permanente de monitoramento popular do Plano Nacional de Contingência do óleo e o significado nacional dos impactos para as comunidades tradicionais pesqueiras.

Um dos pontos abordados na reunião, foi sobre o acompanhamento permanente de todas as informações, estudos, análises sobre as dimensões da marcha nos diversos territórios, pois essa questão é de interesse nacional e de toda população.

As comunidades presentes demostraram profunda preocupação com os impactos do óleo no ecossistema manguezal, recifes e nos paredões rochosos, pois nesses ambientes a remoção é bem difícil. 

"Se faz necessário pautar todas as instituições do sistema de Justiça sobre o caráter nacional do impacto para toda população brasileira, nesse sentido o acesso a todos os relatórios técnicos com as características do impacto, os métodos e os procedimentos utilizados nas ações de resposta são de interesse popular e principalmente das comunidades tradicionais pesqueiras", afirma a agente de pastoral do CPP Ceará, Diana Maia.

O debate sobre o impacto na saúde coletiva dos pescadores e pescadoras e do ambiente foram centrais para a construção de agendas para as organizações presentes, que estão cobrando a força nacional de saúde do SUS para acompanhar e monitorar todas as pessoas que tiveram contato direto com o óleo.

"As organizações presentes se comprometeram para a construção de ações conjuntas e de incidência política", finaliza Diana Maia.