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Pescadores artesanais cobram do ICMBio maior participação nas discussões sobre as espécies ameaçadas

29-11-2022
Fonte: 

Texto por Laís Cristina | Edição: Assessoria de Comunicação do CPP

No dia 22 de novembro, pescadores e pescadoras do Rio São Francisco da região do norte de Minas Gerais, da Bahia e de Pernambuco, junto com representantes do Conselho Pastoral dos Pescadores, estiveram em reunião com servidores do ICMBio em Brasília, para questionar a ausência da participação de pescadores artesanais e a falta de informações estatísticas, que fundamentassem a avaliação que classificou o Surubim como espécie ameaçada de extinção, proibindo assim a sua captura.

Dois outros planos também estão sendo elaborados sem a participação de pescadores e pescadores artesanais: o Plano de Ação da Bacia do Rio São Francisco e o Plano de Recuperação do Surubim.

O Surubim é responsável pela maior renda econômica das famílias de pescadores na região norte mineira. Apesar de saberem que são necessárias medidas para melhorarem a produtividade da espécie no rio São Francisco, pescadores e pescadoras têm a consciência de que não é a pesca artesanal a principal atividade responsável pela diminuição das capturas, e temem um futuro processo de criminalização e perseguição nas águas, contra as famílias que precisam garantir o seu sustento.

“Foram feitas reclamações enfáticas em relação a UHE Formoso que está em processo de elaboração do EIA Rima, como grande vilã para produtividade de surubim. E os pescadores compartilharam as suas iniciativas de automonitoramento, visando uma inserção e um papel importante quando for elaborado o monitoramento do surubim para o plano”, explica a agente de pastoral do CPP Minas Gerais, Laís Cristina.

Os servidores do ICMBio prometeram levar para avaliação as demandas apresentadas pelos pescadores e pescadoras artesanais, que ficam no aguardo de possíveis mudanças na condução do processo.      

 

 

 

 

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