Assessoria de Comunicação do CPP
Representantes de organizações da sociedade civil, incluindo o Conselho Pastoral dos Pescadores, participaram no dia 4 de maio de reunião na Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em Brasília, com o objetivo de identificar as ações prioritárias relacionadas às práticas extensionistas e ações de inovação no contexto da agroecologia e da valorização da convivência com os biomas.
Estiveram presentes mais de 80 organizações de todos os estados do Brasil, sendo que 12 participaram presencialmente e as demais participaram de maneira remota. Na ocasião, foram apresentadas as principais críticas em relação a Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) realizada pelo MDA com pescadores e pescadoras.
Para o Secretário de Economia Solidária e Renda do CPP Nacional, Marcelo Apel, é preciso técnicos que saibam mais sobre pesca artesanal. “Há a necessidade da valorização dos conhecimentos tradicionais. É necessário também formação na área da pesca artesanal para técnicos e pessoas que forem prestar assistência”, defendeu Marcelo.
Marcelo também aponta a importância da articulação em redes e com movimentos da pesca artesanal para pensar ações estratégicas especificas. “Precisamos de discussões integradas e articuladas com o MPA e outros ministérios de forma intersetorial, além de repensar os sistemas de crédito e fomento das atividades produtivas dos pescadores de maneira interligada e adequada à realidade e à necessidade de assistência técnica diferenciada”, aponta. Para Marcelo é preciso também descolonizar os editais públicos que são elaborados a partir da visão da agricultura familiar do centro sul. “Os editais precisam atender as especificidades das regiões norte e nordeste entre outras discussões”, conclui.
Na ocasião, o MDA anunciou também a realização da Conferência Nacional de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar e Solidária para este ano.