Comissão da CNBB tem ligação direta com o trabalho realizado pelas pastorais sociais, como o CPP.
Assessoria de Comunicação do CPP
O Presidente do CPP (Conselho Pastoral dos Pescadores) e bispo da Diocese de Brejo (MA), Dom José Valdeci Santos Mendes, foi eleito na 57ª Assembleia Geral da CNBB, no dia 8 de maio, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora da CNBB. Dom José Valdeci já fazia parte da equipe da Comissão há quatro anos, junto com outros 5 bispos. As Comissões Episcopais Pastorais são órgãos da CNBB que, segundo a Conferência dos Bispos, tem o papel de promoverem a pastoral orgânica nacional, com suas dimensões globais e setores especializados. A Ação Social Transformadora é uma das comissões que tem trabalho direto com as pastorais sociais, como é o caso do Conselho Pastoral dos Pescadores. Para entendermos um pouco mais sobre o papel desempenhado pela comissão e a sua importância, conversamos com o recém-eleito presidente, D. José Valdeci.
Para o bispo, a Comissão da Ação Social Transformadora é também a comissão que tem trabalho direto com os organismos do povo de Deus e que por isso está muito ligada à quinta urgência da Igreja no Brasil, que fala da defesa da vida. “Por isso é muito importante essa comissão nesse engajamento junto às comunidades tradicionais, nesse apelo de Deus no mundo social e eu diria que a base de tudo isso é o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, ele diz: ‘Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância’”, explica o bispo. Ele também aponta que uma das referências para a atuação dessa comissão é a Doutrina Social da Igreja. “A Doutrina Social da Igreja nos impulsiona para sermos sujeitos no mundo e sujeitos na sociedade. Nesse sentido, é claro, o de fazer essa opção pelos pobres”, explica Mendes.
D. Valdeci lembra que apesar de ter sido eleito presidente da comissão, esse é um trabalho desenvolvido em conjunto com o restante da equipe que é formada por 6 bispos. “É importante se fazer esse trabalho em equipe, em mutirão. Ouvindo as pastorais, ouvindo os organismos e ouvindo, é claro, todo o apelo da sociedade. É importante ter muito claro que esse trabalho é um trabalho em conjunto, que deve ser uma experiência de comunhão”, afirma o bispo.
D. Valdeci diz ter percebido na confiança depositada pelos outros bispos nele, para assumir o cargo, uma espécie de chamado de Deus. “E se de fato há esse chamado, somos convidados a nos colocarmos a nossa inteira disponibilidade. Confiando nos bispos referenciais dos estados, confiando nos organismos, nas pastorais e em tantas e tantas iniciativas que já são presentes na nossa caminhada, na nossa missão”, reflete.
Para o trabalho que está iniciando, D. Valdeci diz se sentir encorajado e alimentando com a esperança de que uma nova sociedade é possível. “Apesar de todas as ameaças contra a vida, apesar de toda essa negação de direitos e ameaças contra os direitos, de modo especial, dos mais pobres, somos chamados para esta missão. Então, a comissão tem esse papel importante de ser esse sal, de ser esse fermento dentro da sociedade, em promoção da vida, na luta pela justiça, na luta pelos direitos, que a mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo nos deixou”, analisa.
D. Valdeci defende que é necessário o comprometimento de todos com uma sociedade mais justa. “É um convite como cristãos e como bispos nos colocarmos a serviço, de um modo especial, ao lado dos mais pobres e daqueles que precisam de nosso testemunho e da nossa solidariedade para ajudar a despertar para se comprometer sempre mais com uma sociedade pautada na justiça e na solidariedade. Então essa é a missão de todos nós, de modo a vivenciar a palavra de Deus, no segmento de Jesus Cristo”, conclui.