Barra de Sirinhaém
Localização
800 famílias
Expulsão de Famílias Pesqueiras; Monocultivo de Cana-de-Açúcar; Ameaças contra a Vida, Queima de Casas, Perseguições – no passado, o local era habitado por 53 famílias de pescadores tradicionais, as quais foram expulsas após décadas de pressão intermitente da Usina Trapiche. De acordo com o registro oral das famílias, desde 1914 a comunidade pesqueira ocupava as ilhas de Sirinhaém, mas, nos últimos 25 anos, estes pescadores passaram a enfrentar um conflito e disputa territorial com o monocultivo da cana-de-açúcar na região. Foi a partir de 1998, com a compra da usina pelo empresário Luiz Antônio de Andrade Bezerra, que a situação se agravou. A empresa sucroalcooleira intensificou a violência para a expulsão das famílias que residiam no local. Através de ações violentas, perseguições, ameaças e queima de casas, a Usina Trapiche expulsou, uma a uma, as famílias que viviam nas ilhas.
Em 2010, a usina conseguiu, por decisão judicial, retirar das ilhas as duas últimas moradoras que ainda viviam e resistiam. As terras de manguezal pertencem à União, mas há anos estão aforadas à Usina Trapiche.
Colônia de Pescadores Z – 06, de Barra de Sirinhaém | Conselho Pastoral dos Pescadores NE II | Irmãs Franciscanas Bernardinas | Instituto Recifes Costeiros | Fórum Suape – Espaço Socioambiental | Comissão Pastoral da Terra NE II | BOTH ENDS – instituição holandesa de defesa do ambiente
Relatório de Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos em Comunidades Tradicionais Pesqueiras no Brasil. – Brasilia/DF. 2016. 104p. - ISBN 978-85-60917-56-3 | Conselho Pastoral dos Pescadores, Org.: Tomáz, Alzení de Freitas & Santos, Gilmar.
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