Brasil de fato | Por Rafael Tatemoto
Seis integrantes de movimentos populares do campo e da cidade deflagraram greve de fome nesta terça-feira (31). A manifestação pede que o Supremo Tribunal Federal (STF) reveja sua posição em relação à possibilidade de prisão após condenação em segunda instância e, consequentemente, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja colocado em liberdade.
Participam da greve de fome integrantes de três organizações: Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Central dos Movimentos Populares (CMP) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O início da greve de fome foi anunciado pelos seis em frente ao próprio STF, onde protocolaram um manifesto coletivo.
Após o protocolo, os grevistas foram expulsos do prédio do STF de forma violenta por seguranças.
Documento
O manifesto ao STF, lido em frente ao local após o protocolo, explica que "a opção por esse gesto extremo de luta decorre da situação extrema na qual se encontra nossa Nação, com a fome e as epidemias retornando e o desemprego desgraçando a vida de nosso povo. O que motiva nossa decisão é a dor e o sofrimento dos brasileiros e brasileiras. Nossa determinação nasce também pelo fato de que o Poder Judiciário viola a Constituição e impede o povo de escolher pelo voto, soberanamente, o seu Presidente e o futuro do país".
"Afirmamos que nossa greve de fome é uma escolha livre e consciente para evitar que nosso povo volte a passar fome por imposição", diz o texto em outro trecho.
O documento pede diretamente aos seis ministros do STF que votaram contra o habeas corpus a Lula- Luiz Edson Fachin, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux e Alexandre de Moraes - revejam sua posição e os responsabiliza por qualquer desfecho grave para a greve de fome.
Edição: Diego Sartorato