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Seminário discute os impactos do crime ambiental da Samarco na vida dos pescadores e pescadoras do rio Doce

Evento reunirá pescadores de toda a bacia do rio Doce

20-06-2017
Fonte: 

Assessoria de comunicação do CPP

Passado mais de um ano do crime ambiental cometido pela Samarco/Vale/BHP, torna-se urgente saber como estão vivendo algumas das pessoas que mais foram diretamente atingidas pela lama contaminada da mineradora: os pescadores. É para saber mais informações sobre o impacto desse crime na vida das comunidades pesqueiras que o Conselho Pastoral dos Pescadores realizará no dia 22 de junho, no povoado de São Lourenço, em Linhares (ES), o “Seminário sobre Impactos do crime da Samarco às Comunidades Pesqueiras”.

O Seminário reunirá pescadores e pescadoras de vários pontos da bacia do Rio Doce, entre os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo, que foram atingidos pela lama de rejeitos da mineradora Samarco. Representantes de movimentos e organizações sociais, que estão atuando na região, também estarão presentes para discutirem o que já foi realizado na tentativa de mitigar os impactos. 

O Seminário será o momento final de uma excursão de cinco dias pelo rio Doce, que reuniu agentes de pastoral do Conselho Pastoral dos Pescadores, além de pescadores de outras localidades, com o objetivo de conhecerem a realidade das comunidades pesqueiras após o desastre ocasionado pelo rompimento da barragem de rejeitos de minério da Samarco.

Divididos em 6 equipes, cerca de 20 pessoas estiveram em diferentes pontos da bacia para entrevistarem e saberem mais sobre os pescadores e pescadoras da região. Doenças de pele, impossibilidade de pescar, depressão, não recebimento de indenizações, entre outros tantos problemas, foram relatados pelos pescadores às equipes que estiveram em campo entre os dias 17 e 20 de junho.

Além do diagnóstico sobre o ocorrido, a ideia é que os pescadores possam compartilhar as experiências que têm vivenciado e em conjunto possam encontrar soluções para o que têm enfrentado. “Tenho esperança de um dia voltar a pegar cascudo no rio Doce”, fala Marcelo Barroso, pescador de Governador Valadares (MG).

 

Linha de ação: