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Pastorais do Campo lançam folder que estimula a coleta de amostras de água e de peixe no rio São Francisco

28-02-2019
Fonte: 

Assessoria de Comunicação do CPP

As pastorais sociais do campo ligadas à CNBB (Conselho Pastoral dos Pescadores, Comissão Pastoral da Terra, Cáritas Brasileira, Conselho Indigenista Missionário, Capa Folder BrumadinhoPastoral da Juventude Rural e Serviço Pastoral do Migrante) e a Articulação Popular São Francisco Vivo, elaboraram material que estimula os pescadores artesanais e as populações ribeirinhas do rio São Francisco à coletarem amostras de água, além de registrarem mortes de peixes ao longo da bacia do rio São Francisco. O objetivo é estimular o monitoramento regular da qualidade da água do rio e conseguir, dessa forma, detectar com antecedência o aumento da contaminação das águas do Velho Chico.

A preocupação com a qualidade das águas do rio surgiu logo após o rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale, na cidade de Brumadinho (MG), no dia 25 de janeiro desse ano (2019). Até o momento, a tragédia tem o número confirmado de 182 mortos e 126 pessoas desaparecidas, além da grave contaminação do rio Paraopeba, afluente do rio São Francisco.

A experiência com os impactados do crime da Vale no rio Doce, nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo, tem sido determinante para pensar formas de evitar que a mineradora negue a contaminação gerada pelo rompimento da barragem. Por isso, a coleta de amostras da água é tão importante. "As autoridades governamentais ainda não apresentaram um plano estratégico e eficaz para impedir que a lama de rejeitos da mineração chegue ao rio São Francisco. Como há risco de atingir muita gente, a empresa poderá negar a contaminação do Rio. Precisamos nos precaver!", afirma o panfleto. 

O folder ainda alerta para a alta contaminação da água encontrada no rio Paraopeba e confirmada pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM). “As Secretarias de Estado de Saúde (SES), de Meio Ambiente e Desenvolvimento  Sustentável (SEMAD) e de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA), recomendaram que a água-bruta do rio Paraopeba não seja usada pela população. Nem para beber, nem para os animais e nem para atividades agrícolas", afirma o folder.

Entre os metais encontrados na lama estão o mercúrio, o chumbo, o cádmio, o níquel e o arsênio. Todos estes produtos causam várias reações graves nas pessoas. "A contaminação das pessoas por metais pesados pode causar  problemas neurológicos e câncer. Por isso é muito importante avaliar continuamente os índices de contaminação. Sem monitoramento, fica difícil para exigirmos que os órgãos competentes e a empresa tomem as medidas necessárias!!", alerta a publicação.

Ficou interessado? Para saber mais, basta acessar o arquivo do folder, clicando nesse link!

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