Evento, que tem apoio do CPP/Nordeste 2, fortalece a pesca artesanal, fomenta o turismo sustentável e reforça a economia solidária com a moeda social Cavalo Marinho na RDS Estadual Ponta do Tubarão
Texto: Valeska Sophia e Luiz Ribeiro da Silva (Itá) – agentes de pastoral do CPP | Edição: Henrique Cavalheiro – Comunicação do CPP | Fotos: Tiago Ezequiel
Entre os dias 27 e 29 de setembro de 2024, a 26ª Regata de Veleiros de Diogo Lopes movimentou a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Estadual Ponta do Tubarão, em Macau, Rio Grande do Norte. Com competições nas categorias barquinhos, canoas e botes, o evento premiou os vencedores com troféus, medalhas e prêmios em dinheiro, além da moeda social Cavalo Marinho, reforçando a importância da economia solidária local.
Além da competição náutica, a regata promoveu homenagens aos pescadores e pescadoras da comunidade, destacando sua relevância na preservação da cultura e na economia da região. O evento também contou com uma programação esportiva diversificada, que incluiu futebol, futevôlei e vôlei, além de exposições de projetos voltados para o desenvolvimento sustentável, como o Projeto Aves Limícolas (SAVE Brasil), Projeto Peixe-Leão (UFERSA) e o Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB/UERN).
O Banco Comunitário da RDS, que opera dentro dos princípios da economia solidária, teve destaque especial durante o evento, com parte das premiações sendo feitas na moeda social Cavalo Marinho. Esse modelo financeiro é uma das estratégias da comunidade para fortalecer a sustentabilidade econômica da região.
Atividades culturais também marcaram presença na regata, com apresentações musicais de artistas locais como Deyvinho, Jéssica Fernandes e Moreninho dos Teclados, celebrando a riqueza cultural da região. O encerramento, realizado no dia 29, trouxe um Festival de Prêmios, mais uma vez com a moeda social local entre as premiações.
A regata, além de incentivar o esporte náutico e a participação das comunidades vizinhas, como Guamaré e Galinhos, tem papel fundamental na preservação das tradições pesqueiras, envolvendo também visitantes de outros estados e até de países como a Bolívia.
Manter viva a tradição das regatas de veleiros é mais do que um exercício de habilidade. É uma forma de fortalecer a cultura da pesca artesanal, engajar as novas gerações e promover o turismo sustentável nas comunidades pesqueiras, sempre com o foco na preservação ambiental e na valorização do modo de vida tradicional.
A 26ª edição da Regata de Diogo Lopes contou com o apoio da Prefeitura de Macau, Conselho Pastoral dos Pescadores e Pescadoras - Regional Nordeste 2, Instituto Navegar, Capitania dos Portos de Natal, Conselho Gestor da RDSEPT, Colônia Z 41, PCCB/UERN, IFRN/Macau, Polícia Militar de Macau, Associação de Comunicação Ponta do Tubarão, Associação Luiza Gomes e Comunidade. Sua realização foi coordenada pela Comissão de Justiça e Paz de Macau e pelo Grupo de Jovens JUSC.