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Irmãs Franciscanas Bernadinas completam 50 anos de atuação no nordeste junto aos mais vulneráveis

Congregação atua com o CPP junto aos pescadores e pescadoras artesanais nos estados do Ceará e em Pernambuco

07-11-2023
Fonte: 

Assessoria de Comunicação do CPP

No último dia 22 de outubro, as Irmãs Franciscanas Bernardinas realizaram uma missa, transmitida remotamente, em comemoração aos 50 anos de presença da Congregação no nordeste do Brasil. A missa foi o auge de um ano inteiro de comemorações por conta do Jubileu da Congregação no nordeste do Brasil.

“Ao longo do ano 2023, as Irmãs do Regional Nordeste debruçaram-se sobre o evento jubilar, entrando no espírito do Jubileu a fim de que este ano se tornasse o Tempo favorável de recordação e revisão de vida, tempo de ação de graças e tempo de renovação dos compromissos e de um novo começo. No dia 22 de outubro foi o grande momento de recolher todas as vivências do ano e, em uma celebração eucarística aconteceu a culminância do Jubileu”, explicou a Ir Maria Lúcia de Araújo, que atua como formadora auxiliar, na Casa de Formação da Congregação em Fortaleza (CE), e que também é membro atuante do Conselho Deliberativo do Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP) regional Ceará/Piauí.

Fundada em 16 de outubro de 1894, nos Estados Unidos, com irmãs da Polônia, a convite de um padre polonês, para catequizar e dar aulas para as famílias pobres polonesas que estavam trabalhando nas minas de carvão nos Estados Unidos, a Congregação chegou no Brasil em 1937, pelo estado do Rio Grande do Sul, com o primeiro grupo de Irmãs Franciscanas Bernardinas. Atualmente, além do Rio Grande do Sul, a Congregação está presente nos estados do Paraná, Roraima, Ceará e Pernambuco, além dos países da República Dominicana, Estados Unidos, Moçambique e Libėria.

No Brasil, inspiradas pelo carisma da Congregação que diz "Proclamar o poder do Nome de Jesus ( sua vida, sua pessoa e seu projeto), vivendo com simplicidade, alegria e confiança na Divina Providência, sendo no mundo presença de pessoas reconciliadas e reconciliadoras", as irmãs atuam na evangelização junto às pessoas vulneráveis, através de Projetos Sociais com crianças e jovens, junto aos indígenas, ribeirinhos, formação de juventudes, presença solidária, pastoral dos pescadores, escolas, saúde alternativa, promoção humana e na defesa do planeta Terra através do movimento JPIC (Justiça, Paz e Integridade da Criação).

O começo da atuação da Congregação no Nordeste foi na cidade de Itapipoca (CE), em 1973. “A missão era muito mais incisiva e potente pois contávamos com um maior número de Irmãs jovens”, explica Ir. Lúcia, como é conhecida. Em 2005 teve início a atuação com os pescadores e pescadoras artesanais. “Iniciamos a missão em Barra de Sirinhaém, Pernambuco, e lá, sendo um distrito com população quase toda de pescadores e pescadoras artesanais, não podíamos exercer a missão evangelizadora, sem nos envolver com aquele público que estava tão carente de mudança na organização da classe, na Colônia Z 6, para poder atender a demandas tão diversificadas daqueles povos. Foram feitas muitas incidências, as pescadoras e os pescadores deram-se as mãos, acreditaram em seu potencial e a mudança aconteceu”, comemora ao relembrar a ocasião.

Esse tempo de trabalho junto aos pescadores e pescadoras artesanais tem servido como um forte processo de aprendizado. “Com esse trabalho junto às pescadoras e pescadores artesanais muito aprendemos, sobretudo a paciência e a confiança em Deus e no potencial dos pescadores e pescadoras. O cuidado com o meio ambiente, com as águas, com vida que ali pulsa, que já faz parte de nosso carisma Franciscano”, reflete a religiosa.

Vida longa às Irmãs Franciscanas Bernadinas!!!