Pastorais do Campo (CPT, CIMI, SPM, Cáritas, CPP e PJR) assinam Nota Pública divulgada pelo CIMI sobre o ataque contra o povo Wajãpi, no estado do Amapá, e o assassinato de um de seus caciques, Emyra Wajãpi. A situação na região é tensa e os indígenas tiveram que sair da aldeia com medo. Confira o documento:
O Cimi recebe com imensa preocupação e pesar as notícias de ataque de garimpeiros e assassinato de uma liderança do povo Wajãpi, no estado do Amapá.
Os discursos de ódio e agressão do presidente Bolsonaro e demais representantes de seu governo servem de combustível e estimulam a invasão, o esbulho territorial e ações violentas contra os povos indígenas em nosso país.
Esperamos que os órgãos e autoridades públicas tomem medidas urgentes, estruturantes e isentas politicamente para identificar e punir, na forma da lei, os responsáveis pelo ataque aos Wajãpi. Esperamos também que o governo Bolsonaro adote medidas amplas de combate à invasão e esbulho possessório das terras indígenas no país.
Por fim, o Cimi exige que o presidente Bolsonaro respeite a Constituição Brasileira e pare imediatamente de fazer discursos preconceituosos, racistas e atentatórios contra os povos originários e seus direitos em nosso país.
Respeite os povos indígenas, presidente Bolsonaro.
Conselho Indigenista Missionário – Cimi
Comissão Pastoral da Terra - CPT
Conselho Pastoral dos Pescadores - CPP
Cáritas Brasileira
Serviço Pastoral dos Migrantes - SPM
Pastoral da Juventude Rural - PJR
Brasília, 29 de julho de 2019.