A quem interessa a flexibilização ambiental e a implementação de grandes projetos econômicos nos territórios tradicionais pesqueiros? Para discutir esse tema, agentes do Conselho Pastoral dos Pescadores do Ceará, em conjunto com membros do Instituto Terramar, Movimento dos Pescadores e Pescadoras artesanais (MPP) e Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), estiveram reunidos no dia 26 de julho, “Dia Internacional de Defesa dos Manguezais”, em Fortaleza. 

O diálogo entre as organizações é parte do acúmulo das experiências e vivências de vários eventos realizados conjuntamente, como as oficinas realizadas nos territórios impactados pela carcinicultura e o Seminário Estadual “Diálogo Pastoral com Comunidades Pesqueiras Impactadas por Projetos de Carcinicultura - Pescadores e Pescadoras Artesanais Unidos pela Defesa dos Biomas e a Serviço da vida”, realizado entre os dias 26 e 27 de junho deste ano.

“A parceria entre o Conselho Pastoral dos Pescadores (CPP), Instituto Terramar, Movimento dos Pescadores e Pescadoras Artesanais (MPP) e Articulação Nacional das Pescadoras (ANP), segue permeado de partilhas e construção de agendas comuns em defesa dos territórios tradicionais”, afirma a agente de pastoral, Sarah Nobre. 

O encontro já apresenta como resultado a construção de uma Audiência Pública Estadual, com o objetivo de denunciar as diversas violações de direitos humanos e socioambientais na zona costeira do Ceará. “Entendemos que há uma urgência de processos permanentes de incidência junto às instituições do sistema de justiça e à ampliação desse debate para a sociedade civil em geral”, afirma Sarah.