Conflito socioambiental

Comunidade Ilha Saracá, Comunidade de Prainha Beradão, Comunidade da Ilha Paquetá Potinga, Comunidade Jussara Cupijó e Comunidade Teré

Município(s) atingido(s): 

Limoeiro do Ajurú

Localização

Limoeiro do Ajurú
Pará
Período: 
1999
População atingida: 

1150 

Agentes causadores: 
Barragem de Tucuruí; portos para extração de minério; Eletronorte; governos municipais, estaduais e federal
Tipo de Agentes causadores: 
Situação do conflito: 

Construção da Barragem de Tucuruí; Desapropriação de Famílias; Degradação Ambiental; Contaminação das Águas com o Agente Laranja; Perda de Território Pesqueiro – sete municípios foram atingidos pela construção da Barragem de Tucuruí. Na construção, houve o lançamento do agente laranja para destruição da flora. Com o fechamento da barragem e a deságua, comunidade e cidades foram inundadas. Com a deságua, houve descargas de águas muito poluídas. Com a diminuição do pescado e o secamento das lagoas marginais, muitos pescados desapareceram e os pescadores perderam seus territórios pesqueiros. Hoje há um grande índice de doenças provocadas pelo agente laranja (dores no corpo). Há grande desmatamento e o isolamento é mais denso. Há grande índice de verminoses, infecções renais e câncer. Outro fator gera conflitos: a disputa entre os próprios pescadores por causa do assoreamento do rio, a diminuição do pescado e o desaparecimento de espécies (12 espécies foram extintas, entre elas: sardinha papuda, aruanã, piranambu galinha, pirapitinga, jaraqui, matrixã). Há omissão de órgãos públicos como o IBAMA e o ICMBio. Com a discussão sobre acordos de pesca, há disputa entre comunidades em lugares que já estão sendo monitorados pelos acordos. Esse monitoramento é desenvolvido pelos próprios pescadores com o apoio do CPP (Saiba mais aqui!). Há ameaças e atentados contra pessoas. Com a abertura da pesca, pescadores artesanais invadem pesqueiros de municípios vizinhos.

São chamados de “quaxinim”. Há pesca predatória com armados (pulsar). Além disto, na abertura da pesca, muito turistas invadem áreas de pesca.

Fonte: 

Relatório de Conflitos Socioambientais e Violações de Direitos Humanos em Comunidades Tradicionais Pesqueiras no Brasil. – Brasilia/DF. 2016. 104p. - ISBN 978-85-60917-56-3 | Conselho Pastoral dos Pescadores, Org.: Tomáz, Alzení de Freitas & Santos, Gilmar.

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